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deFEMder publica artigo em periódico de Patricia Hill Collins

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A deFEMder Elaini Silva, Doutora em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da USP com período como pesquisadora visitante no programa desiguALdades.net da Freie Universität Berlin (FUB) e Ibero-Amerikanisches Institut (IAI) na Alemanha, teve artigo publicado em periódico de Patricia Hill Collins, renomada professora universitária de Sociologia da Universidade de Maryland, College Park, ex-chefe do Departamento de Estudos Afro-Americanos na Universidade de Cincinnati, e ex-presidente do Conselho da Associação Americana de Sociologia – em inglês, American Sociological Association, ou ASA. Collins foi a 100º presidenta da ASA, e a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo. Collins é uma das mais influentes pesquisadoras do feminismo negro nos EUA.

Patricia Hill Collins também desenvolveu a teoria interseccional, que estuda a intersecção de identidades sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação, que procura examinar como diferentes categorias biológicas, sociais e culturais, tais como gênero, raça, classe, capacidade, orientação sexual, religião, casta, idade e outros eixos de identidade interagem em níveis múltiplos e muitas vezes simultâneos. Este quadro pode ser usado para entender como a injustiça e a desigualdade social sistêmica ocorrem em uma base multidimensional.

O periódico, intitulado “Interseccionalidade como Teoria Crítica Social“, foi disponibilizado pela Springer Science+Business Media, conglomerado alemão dedicado à publicação de livros, e-books e revistas especializadas em publicações científicas, humanas, técnicas e médicas, com uma coleção online de mais de 1.200 periódicos revisados ​​por pares e 25 séries de livros, cobrindo uma variedade de tópicos, em maio de 2021.

No artigo “Interseccionalidade: ontem e hoje“, a deFEMder discorre sobre a evolução do pensamento interseccional de Collins no contexto brasileiro e estadunidense, dialogando com o pensamento de Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, contextualizando, ainda, a urgência de difusão e reflexão no cenário de pandemia. O peri[odico pode ser encontrado neste link, em inglês.

Elaini Cristina da Silva é deFEMder, com 18 anos de experiência de atuação na terceiro setor, com produção de propostas e pesquisas para o governo e também o setor privado, com preocupação para o desenvolvimento do Brasil.

deFEMders organizam coletâneas sobre Teoria Crítica Racial

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Ocupando posições de destaque em entidades de classe, as deFEMders Amarílis Costa, Rosana Rufino, Lazara Carvalho, Maria Sylvia de Oliveira, Paula Brito e Raphaella Reis lançam as obras as obras “Comenda Lélia Gonzalez: Vol. 1 – Raça, Gênero e Epistemologia Jurídica Afro-diaspórica“, que busca a reinserção das obras de Lélia Gonzalez na Academia jurídica, reconhecendo seu lugar na doutrina jurídica e na elaboração da Carta Magna de 1988; “Vidas Negras Importam? Análises e Reflexões sobre Equidade Racial“, que se debruça sobre as relações étnico-raciais no Brasil e introduz a Teoria Crítica Racial no escopo acadêmico da Advocacia; e “Estatuto da Igualdade Racial: uma década depois – apontamentos e reflexões“, que analisa conquistas, avanços e dificuldades enfrentadas nos 10 anos de vigência  da Lei nº 12.288/2010, e é organizada e publicada pelo Instituto da Advocacia Negra Brasileira – IANB.

As obras contam com artigos das deFEMders Camila Lima, Amanda Vitorino, Liderança em Mobilização Estratégica e Auxiliar em Cominação na deFEMde, e Julia Drummond, Liderança em Desenvolvimento Humano e Auxiliar em Advocacy, além de trazer contribuições de Senador Paulo Paim, um dos arquitetos do Estatuto da Igualdade Racial, Deputada Jandira Feghali, Aza Njeri, Doutora em Literaturas Africanas e Pós Doutora em Filosofia Africana pela UFRJ e Coordenadora do Núcleo de Filosofia Política Africana do Laboratório Geru Maa/UFRJ, Lenny Blue de Oliveira, advogada e Co-Fundadora do MNU – Movimento Negro Unificado em SP, Lorraine Carvalho, advogada e pesquisadora pela FGV-SP, da advogada e Coordenadora de Formalização de Operações do Banco Industrial do Brasil Paula Pereira e de jovens lideranças do Direito como Isabela Amaro, Luan Goulart e Izabella Gomes.

As obras estão à venda por um preço acessível de R$6,00 (seis reais), para que todo o conhecimento produzido possa alcançar o maior número de pessoas possível, ampliando o debate racial no Brasil e contribuindo para a construção de uma cultura antirracista nas instituições jurídicas. Parte dos valores de vendas será revertida para a campanha “Tem gente com fome“, capitaneada pela Coalizão Negra por Direitos

deFEMder publica obra sobre exposição de mulheres na internet

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A deFEMder Beatriz Accioly, doutora e mestra em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade de São Paulo, abriu a pré-venda de sua obra “Caiu na net: nudes e exposição de mulheres na internet“, lançada pela Editora Telha. A obra, que acompanha ativistas, gestores públicos, juristas, jornalistas e pesquisadores, trata os desafios contemporâneos em tempos de internet, das redes sociais e dos smartphones com suas câmeras fotográficas.

Discorrendo sobre a exposição na internet, a pesquisadora aborda a temática de nudes, imagens eróticas, em sua maioria de corpos femininos, registradas e enviadas, analisando a circulação dessas imagens perpassada por julgamentos morais, acusações e até perseguições, bem como avaliando ramificações e articulações da face pública e militante de “cair na net”, além de toda a contribuição do campo do Direito com as leis, protocolos e normas que zelam pela proteção de vítimas e contra as violações. O livro pode ser adquirido neste link.

Considerando que as exposições indevidas geram um material valioso para decifrar as desigualdades e circunstâncias das violências de gênero, os nudes qualificam um fenômeno ainda mais interessante, pois, para muitas mulheres – e em suas interações virtuais – eles podem apontar para mudanças de sensibilidade e comportamentos. Experimentações coletivas são tentadas evocando flerte, sensualidade e humor implicando uma abordagem que explora a dupla valência daquilo que hoje se qualifica como vazamentos, ora como ação que dá visibilidade ao que está oculto (por exemplo, no domínio dos segredos políticos), ora pela veiculação não consentida da intimidade das pessoas.

Beatriz Accioly é deFEMder, pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS-USP), autora do livro “A lei nas entrelinhas: a Lei Maria da Penha e o trabalho policial“; (Ed. Unifesp, 2018) e co-autora do livro “Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola“; (Reviravolta, 2016).